“O desejo de termos filhos fez sempre parte dos nossos propósitos e, a partir do momento em que iniciamos uma vida em comum, foi progressivamente ocupando um lugar de destaque no projeto de família que pretendíamos concretizar. Sucede que, por vezes, como em tudo na vida, nem sempre basta querer. Sentimos o sabor desta frustração durante aproximadamente seis anos, mês após mês, ciclo após ciclo. Ora, como é sabido, o convívio com a desilusão não é de todo agradável, nem é de fácil gestão, compreensão ou aceitação, sobretudo quando as explicações são parcas e as probabilidades nem sequer aparentam ser desfavoráveis. Da clínica para o hospital, da indução para o tratamento, do conformismo para a adoção…Foi este o percurso. Uma caminhada desgastante, que se ia revelando destrutiva, de sonhos e personalidades, mas que, a dada altura, desembocou num desvio, numa fuga ao convencional. Chegamos à Andreia e ao “seu” ponto da fertilidade, lugar que, felizmente para nós (e sabemos que também para ela), acabou por ser igualmente o ponto final nas nossas desilusões. Fomos acolhidos com toda a atenção e sentimos o interesse de alguém que se revelou especial, porque capaz de concentrar em si diversas aptidões: cuidadora, ouvinte, conselheira e, obviamente, exímia acupuntora. Depois de algum tempo, teve a frontalidade de nos dizer que não havia muito mais a fazer por nós, colocando-nos perante a escolha: parar ou continuar. Escolhemos a segunda, pois a sensação de bem estar que aquelas sessões nos proporcionavam atenuava sobremaneira a frustração que tardava a desaparecer. Em fevereiro de 2016 tivemos uma enorme alegria com a confirmação da tão desejada gravidez. Em outubro do mesmo ano nasceu a nossa princesa, linda e saudável, e assim, o mundo mudou! Obrigado Andreia!”